segunda-feira, 24 de setembro de 2012

QUANDO A DEMOCRACIA CHEGARÁ A REDE GLOBO NO BRASIL?


Argentina: Clarín tem até dezembro para desfazer monopólio


A presidenta argentina, Cristina Kirchner, anunciou, durante o final de semana, o prazo final para que o grupo Clarín — o equivalente à Rede Globo no Brasil — se adeque à nova lei de meios, aprovada em 2009. Dessa forma, o grupo terá até o dia 7 de dezembro para se desfazer da maior parte dos 240 canais a cabo, 4 abertos e 10 emissoras de rádio de sua rede.


Clarín
Clarín tem até dezembro para desfazer de monopólio, anuncia Cristina
De acordo com Cristina, nessa data expira uma medida cautelar impetrada pela empresa contestando a nova legislação. "O Estado argentino não vai expropriar meios de comunicação. O Estado argentino não vai estatizar meios de comunicação. O Estado argentino vai garantir as fontes de trabalho e o cumprimento de uma lei que democratiza os meios de comunicação na República Argentina", afirmou durante a mensagem transmitida pela TV.

De acordo com a legislação, considerada por especialistas brasileiros, como o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Dênis de Moraes, como a mais avançada do continente, o total de emissoras que operam no país deve ser dividido em três terços: um para emissoras de capital estatal, outro controlado por entidades sem fins lucrativos — como igrejas, sindicatos e fundações — e o último para canais comerciais. 

“Cada grupo empresarial pode operar com no máximo 24 licenças de cabo” contra os “mais de 240 sistemas” que compõem “uma cadeia nacional ilegal”, diz a mensagem do governo, que acrescenta ainda: “Clarín é o único que “não aceitou” a autoridade que estabelece a lei. “O Grupo Clarín ignora os três poderes da democracia: o Executivo, ao desconhecer a Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual, em português); o Legislativo, por não querer cumprir uma lei aprovada pelo Congresso há três anos; e Judicial, por desconhecer as sentenças da Corte Suprema”, denuncia o comunicado presidencial. 

“A menos de três meses da data-limite (7 de dezembro) fixada pela Corte Suprema de Justiça da Argentina para que o grupo Clarín (as Organizações Globo de lá) se desfaça do acúmulo ilegal de canais de rádio e televisão, Cristina fortalece o órgão governamental que vai cumprir a medida judicial. Nomeou hoje para a presidência da Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual o deputado federal Martín Sabbatella, da ala mais combativa do kirchnerismo e vigoroso crítico das mentiras e manipulações do Clarín”, comemorou Dênis de Moraes em seu Facebook.

Violação aos direitos humanos

Os donos do Clarín e do La Nación podem ser julgados pela lei argentina por violação de direitos humanos — sob o argumento de que eles colaboraram com os ditadores do regime militar (1976-1983).

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva com agências

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