quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

NÃO DURMAMOS EM BERÇO ESPLÊNDIDO

O "eu pressinto", em certas circunstâncias, é fundamental para não baixar a guarda e ficar dormindo em "berço esplêndido" aguardando o radiante futuro da redenção eleitoral. O raciocínio é meio básico: o golpe é profundo. Não se trata apenas da derrubada de um governo mas de todo um amplo conjunto de reformas voltadas para impulsionar a cumulação de capitais de uns poucos, porém poderosos setores da economia aqui instalada bem como da reorientação geopolítica do Brasil com Washington/Europa, a despeito das tresloucadas declarações de Trump. Ora, se o golpe e as reformas são - e tenho certeza disso! - estruturantes para o capitalismo, porque cargas d'água seus promotores e implementadores se arriscariam a devolver o controle de parte do Estado Nacional através de uma eleição "democrática" que possibilite o retorno das forças derrubadas, ou de algum outro projeto que se oponha ao que está em curso? Não conheço na história - e aí a história precisa entrar em campo - tomadas de poder com objetivos claramente econômicos, que tenham sido de curto prazo, preparando o terreno para devolvê-lo a quem o derrubou. Logo, sinceramente, ligar o desconfiômetro é mais do que necessário. Altair Freitas

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