quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

AUTORIDADES, LIDERANÇAS E MARCHANTES LUTAM POR UM NOVO MATADOURO EM TABIRA


Por Dedé Rodrigues



Depois do grande movimento do marchantes de Tabira com queima de pneus  na PE -320 e a conquista do retorno temporário do abate dos animais em Tabira, agora o Prefeito do Município Sebastião Dias convocou uma reunião com a população em geral, a qual  aconteceu na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti, na terça-feira, 20 de janeiro,  com o objetivo de unir forças na luta por um novo matadouro para Tabira.  Depois de um intenso e acalorado debate algumas medidas foram aprovadas, tais como: elaborar o projeto imediato do novo matadouro, levantar recursos para a construção do matadouro mediante um leilão de terrenos ociosos da prefeitura, enviar projeto de lei à Câmara de Vereadores para obtenção  de empréstimo, terceirizar a arrecadação da feira do gado, elaboração de emendas parlamentares e acionar o jurídico da prefeitura.  Depois da reunião a conclusão que chego é que esta não será uma luta fácil, mas, quem sabe,  o fato raro de se unir muita gente boa em Tabira em busca de um objetivo comum pode ser possível derrubar os obstáculos.  Eu, o Radialista Vagner Leandro e o Blogueiro Antonio de Du, do núcleo dirigente do PC do B de Tabira, estivemos presentes nesta luta dando também o nosso apoio.  Abaixo você vai ler a nossa opinião sobre a questão, um resumo das polêmicas dos debates e ver mais fotos do evento.


Uma lição que se pode tirar deste episódio do matadouro é que só com muita luta  e união se consegue as coisas para Tabira, mas esta luta do matadouro está começando agora. O ex-Prefeito Édson Moura, único dos ex-convidados presente à reunião,  disse uma frase, ratificada pelas autoridades e lideranças presentes, que “as divergências políticas fizeram Tabira não crescer”.  Ele citou outros casos de cidades que estacionaram no tempo por este mesmo motivo e citou também o caso de Afogados da Ingazeira que conseguiu crescer mediante a união dos políticos locais e da população. Das medidas citadas a primeira coisa que deve ser feita “é o projeto do matadouro” disse ele,   que ficou a cargo da prefeitura, “sem projeto a coisa não anda”, afirmou.  

A questão do leilão dos terrenos ociosos da prefeitura, a princípio, parece uma coisa boa, mas o Vereador Edmundo Barros  chamou a atenção para  as dificuldades que se tem em achar compradores a curto prazo, pois para ele “a situação está difícil para se adquirir dinheiro com a crise”.

O problema das emendas parlamentares é que elas seriam  encaminhadas, “se forem”, este ano e os recursos só sairão para o ano, “se saírem”, afirmaram alguns presentes. Logo  para Marcos Crente, Presidente da Câmara e líder dos Marchantes, “o problema é urgente e precisa de dinheiro e, ninguém resolve nada sem ele”. Para isto propôs a questão dos terrenos que foi aprovada em primeiro plano. Ele ainda apoiou as outras propostas de soluções de curto prazo.

A questão que considero mais polêmica é a terceirização da arrecadação do curral do gado, segundo a proposta do Secretário Flávio Marques, “esta espécie de concessão seria feita  por um prazo de 10 anos”.   Segundo alguns presentes “a arrecadação da feira feita pela prefeitura não bate com a quantidade de animais que são abatidos em Tabira, alguma coisa está errada”. Para Adeval Soares,  que coordenou a reunião, “os recursos arrecadados neste prazo de 10 anos seria muito superior ao que se gastaria com a construção do matadouro”. Flávio Marques opinou ainda que o poder público nesta matéria de arrecadação é ineficiente. Neste aspecto eu respeito a sua opinião, mas discordo dele, pois sempre defendi, embora haja exceções,  que o poder público pode ser tão eficiente, ou  mais,  do que a iniciativa privada, é tudo uma questão de boa gestão.

Das medidas propostas, a minha humilde opinião, é que a do empréstimo que deve ser feito pela prefeitura, aprovado pela Câmara, cujos vereadores presentes se prontificaram a apoiar,  talvez seja  a mais viável a curto prazo. No entanto todas as propostas aprovadas na reunião devem continuar a serem analisadas, pois a questão exige urgência. Segundo alguns marchantes “a carne vinda de Afogados, muda de cor, fica muito ligada e algumas pessoas  de Tabira já estão falando em deixar de comprá-la”.

A outra possibilidade aventada na reunião foi a utilização do jurídico da Prefeitura para atuar com recursos nesta questão. Penso que talvez seja uma necessidade nesta luta, pois quem sabe, não se conseguiria uma autorização temporária da Justiça para os animais serem abatidos em Tabira enquanto o matadouro seria construído?  Para Marcos Crente “a solução está na justiça, é preciso acionar o jurídico da prefeitura, pois é possível provar que os animais podem ser abatidos aqui”.  Para ele “o Promotor precisa tomar conhecimento da situação real da carne que está chegando a Tabira”.


A grandeza dos homens públicos e das  lideranças de Tabira está em colocar os interesses do município acima dos seus interesses particulares, sem para isto ser necessário abdicar das divergências políticas e ideológicas. As autoridades que faltaram a reunião foram criticadas por vários presentes.   A iniciativa do prefeito Sebastião Dias não pode ser encarada simplesmente como uma tentativa de aplacar  um certo desgaste politico como gestor ou um mero interesse político eleitoreiro, pois a eleição ainda é para o ano. Embora cada cidadão presente “tenha vendido o seu peixe”,  falando do provável apoio a esta luta pelos seus deputados, três lições precisamos tirar deste episódio: a primeira é que só se consegue as coisas para Tabira com muito trabalho da gestão da  Prefeitura, esta precisa acelerar as coisas e levar o projeto a Brasília";  a segunda é que por intermédio das  diversas formas de lutas é que alcançaremos as vitórias e a terceira é que “a união faz a força” independente dos nossos interesses pessoais.  












  

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