terça-feira, 14 de outubro de 2014

Professores de MG denunciam descaso dos tucanos com a educação


Os professores de Minas Gerais denunciam o descaso da administração tucana não só com educação, mas também com saúde, segurança pública e outros setores importantes. Quem conhece de perto as propostas de Aécio Neves colocadas em prática pode falar com propriedade sobre uma administração que fracassou. 


Reprodução
Professores denunciam administração desastrosa dos tucanos em Minas Gerais
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Professores denunciam administração desastrosa dos tucanos em Minas Gerais

A nota do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG) intitulada “O que Aécio fez em Minas serve para o Brasil?”, denuncia a administração desastrosa dos tucanos em Minas Gerais: o choque de gestão que demitiu milhares de funcionários públicos, além da desvalorização dos trabalhadores, a redução de investimentos em saúde e educação, o salário dos professores abaixo do piso nacional e o congelamento de carreira. 

“Ao assumir, ele promoveu o choque de gestão, com a ideia de que o Estado deveria gastar menos com a máquina administrativa e mais com as pessoas, e que o Estado equilibraria as suas contas. Após 12 anos, o saldo é extremamente negativo. O Estado não cuidou das pessoas, temos problemas estruturais nas áreas de saúde, educação e segurança pública, não temos políticas que cuidam da nossa juventude, que combatam a violência, as drogas e que promovam a educação e o ingresso no mercado de trabalho”, diz anota. 

Os professores ainda acusaram a administração tucana de fazer “programas sociais de vitrine” que servem apenas para propagandas políticas e não atingem, de fato, a maioria da população. Há ainda a acusação de implantação dos programas do governo federal com outros nomes. 

De acordo com a nota, o governo do PSDB deixou de investir mais de R$16 bilhões em saúde e educação, isso porque não cumpriu a Constituição Federal que estabelece o mínimo de investimento de 12% dos impostos em saúde e 25% em educação. O método utilizado para fazer investimentos abaixo do estabelecido é a “administração criativa”, que consiste em incluir o orçamento de aposentadoria na conta total, medida que infringe a Constituição. 

Apesar da obrigatoriedade de investir pelo menos 25% dos impostos em Educação, em 2003 Aécio investiu 22,84%, em 2004 investiu 21,69%, em 2005 investiu 21,34%, em 2006 investiu 18,66%, em 2007 investiu 18,73%, em 2008 investiu 20,97%, em 2009 investiu 20,28% e em 2010 investiu 19,97%. Em nenhum ano cumpriu a Constituição. 

A diretora geral do (SindUTE/MG), Beatriz Cerqueira, denunciou mais uma série de irregularidades do governo tucano ao Brasil de Fato. Segundo a professora, a administração do PSDB pode ser qualificada como “um governo que não cumpre aquilo que assina”. 

Ela dá o exemplo de uma grande greve realizada em 2011, onde os professores fizeram uma paralização geral por 112 dias para exigir o pagamento do piso salarial. O governo assinou o acordo de que pagaria o piso e depois de dois meses parou de cumprir e provou uma nova forma de remuneração. Junto a esta medida, veio também o congelamento de carreira, que consiste em estagnar o desenvolvimento profissional dos professores. Não importa quanto ele estude e se qualifique, o salário será sempre igual, não há avanço progressivo da carreira. 

Para garantir espaço para essas denúncias na imprensa, o sindicato passou a fazer publicações pagas em jornais do estado. A coligação “Todos Por Minas”, encabeçada pelo PSDB já enviou oito representações ao TRE contra o sindicato devido aos anúncios. A diretora diz que as peças do sindicato não citam nome de ninguém, nem coligação ou sequer partidos. 

“O que a coligação está tentando fazer com as ações contra o SindiUTE é nos impedir de dialogar com a população. E é uma tentativa de mordaça, anti-democrática. E o mais incrível é que eles não se incomodam com o conteúdo, não se incomodam em ter uma escola funcionando num posto de gasolina, funcionando num motel, ou de ter um milhão de jovens sem direito à educação.
Acho lamentável a forma como o TRE tem se comportado, favorável à representação”, diz Beatriz.


O candidato eleito no primeiro turno em Minas Gerais, Fenando Pimentel, conversou com alguns professores denunciaram o descaso da atual administração, um deles fez até questão de mostrar o contracheque ao futuro governador onde prova que o salário líquido recebido por um professor do Estado é apenas R$1.014. 

Confira o vídeo da conversa dos professores mineiros com o futuro governador Pimentel: 


Por Mariana Serafini, da redação do Portal Vermelho
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