segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Para entendermos a rejeição ao governo do PT, temos que falar da mídia



Globo, Veja, Folha e todo o exército de veículos que sistematicamente fazem um discurso a favor do neoliberalismo, omitem o crescimento do país e, acima de tudo, propagam um discurso que busca desconstruir a política como um todo. Ao criar essa repulsa à política, induzem a população a jogar todo e qualquer político na vala comum, tornando o discurso e o debate cada vez mais rasos.

Por Thiago Cassis, no Portal da UJS


Blog da Resistência
"Portanto, é necessário e urgente que se faça o debate da comunicação"
"Portanto, é necessário e urgente que se faça o debate da comunicação"

Como uma onda esse discurso invade as redes sociais e prolifera invenções e muitas criticas superficiais ao governo. Do tipo: “Eu não voto no PT!”, “Ah é! E Por que?”, “Porque não!” ou então “Porque o PT rouba!”. Uma argumentação que não se sustenta até a segunda frase do “convicto eleitor”.

Quem viveu os anos de FHC lembra muito bem do que era ter um país ajoelhado perante o FMI em busca de empréstimos. Lembra também de como era difícil a situação do emprego no Brasil.

Para quem mora em São Paulo, como eu, é só puxar na memória a imagem daquelas enormes filas de desempregados nas portas das agências da Barão de Itapetininga no centro da cidade.

Por mais que se diga que a velha mídia está enfraquecida, porque a TV aberta e os jornais já não são tão consumidos por conta da Internet, podemos dizer duas coisas: primeiro, podem não ser consumidas como antes, mas ainda pautam o senso comum; e segundo, basta consultar os portais mais acessados na rede para verificar que as mesmas empresas de comunicação dominam também a internet.

Portanto, é necessário e urgente que se faça o debate da comunicação. Acredito que a situação de vida, que hoje é bem melhor, dos brasileiros tenha grande influencia na hora de digitar 13 e escolher o governante. O sujeito lembra da casa que pôde comprar, dos aeroportos que passou a frequentar, do seu filho que conseguiu se formar e por ai vai. Mas a cada eleição a impressão que se tem é que cresce a onda de ódio alimentada pela mídia em relação ao governo democrático e popular do país e o consequente avanço da classe trabalhadora.

Acredito na reeleição de Dilma, e espero que no próximo período, mesmo com um Congresso extremamente conservador e com uma grande quantidade de políticos detentores de veículos de comunicação – e daí a necessidade dessa pauta tomar às ruas – o governo enfrente o debate da mídia e da democratização dos meios porque senão daqui a quatro anos será ainda pior...


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