sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O ESCRITOR QUE FEZ UM POETA CHORAR

Por Dedé Rodrigues

Eu tive um enorme prazer e uma gratificante emoção quando  hoje pela madrugada li a matéria de Urariano Mota, renomado escritor e Jornalista pernambucano, intitulada "Dá licença, presidenta, o povo do Recife pede a sua mão". Ele contou em detalhes a visita de Dilma ao Recife e a forma carinhosa como ela foi recepcionada pelo apaixonado povo pernambucano. O jeito peculiar e poético como ele descreveu algumas cenas deste evento me inspirou a escrever este humilde cordel, no qual tento reproduzir a emoção e os fatos citados por ele. Só para se ter uma ideia eu parei quatro vezes a leitura dominado pela emoção como se estivesse vivendo também os fatos narrados por ele. Segue os meus versos nesta singela homenagem a Dilma Rousseff, a  Urariano Mota e ao povo pernambucano.

    
Dá licença, presidenta...
Grita o povo em emoção:
Nós, o povo do Recife,  
Pedimos a sua mão.


Era tão grande a paixão
E o delírio do povo
Que pareciam meninos
Sendo crianças de novo.

O que dizer deste povo
Ou daquela multidão
Gritando o nome de Dilma
Com toda aquela afeição?

São coisas do coração,
Nas bocas pronunciadas
Gritavam,  Dilma eu te amo!
As mulheres desbragadas.
Estavam alucinadas
Ou loucas na multidão?
Não! Não! Não! Eu acredito
Que é por causa da paixão.

Repare quanta emoção
No meio daquela gente
Alguém dançando gritava:
“Dilma, coração valente”.

Parecia alguém demente
Aferrado a uma bandeira
Que simbolizava Dilma
E a nação brasileira.

Era mais um na trincheira
Diante da multidão
Que dançava para Dilma
Desprovido da razão.

Era um guia de um “buzão”
 Um motorista arretado
Que conquistou sua fama
Para ser fotografado.

O povo muito animado
Queria ver a mulher
Pra recepcioná-la
Com muito carinho e fé.

Ao som do frevo no pé
Na batucada feliz
Dançava aquele povão.
Como quem quer sempre biz.

 O povo é o nosso juiz
Quando ele usa a razão
Para escolher o projeto
Que é melhor pra a nação.

É isso aí,  meu irmão!
Na Conde da Boa Vista
O povo se irmanava
Numa causa progressista.

Colírios pra nossas vistas
Neste caso de amor,
Entre Dilma e o seu povo
Que já foi mais sofredor.

De onde  vem o fervor
Que transborda em emoção
Que faz o povo pedir
De Dilma a sua mão?

É muito amor e paixão
Dela por um Brasil novo
Quando disse: amo vocês!
Pois ama também o povo.

Pra mostrar o seu “aprouvo”
Um cidadão escritor
Queria falar com Dilma,
Mas o “guarda” não deixou.

Muito triste ele falou:
Deixe eu me aproximar
Mesmo sem credencial
“Tenho muito a falar”...

Tentou se pronunciar,  
Mas lhe faltou a razão,
Mesmo sem dizer palavras
Falou muito a sua ação.

Quem sabe aquela emoção
Que tanto lhe dominou
Não pode ser explicada
Como um caso de amor?

Pra reforçar o fervor
Por um país ideal:
Dilma disse: "o Brasil
Tem coluna vertebral".

E  levantou o astral
Do país e da mulher, 
Pois além de ter coragem
A mulher sabe o que quer.

Este grande rapapé
Tão bonito de se vê
Poderá ser entendido?
E explicada o porquê?

Talvez o nosso saber
Que não explica a paixão
Possa explicar o porquê
Daquela grande emoção.

Num gesto de gratidão
Dilma abriu nossa bandeira
Que vem da Revolução
Pela nação brasileira.

Aquela emoção inteira
Mostrando tanta pujança
Fez na emoção um velho
Retornar a ser criança.

É o Brasil da esperança
Na capital do Estado,
No coração do nordeste
Que por Dilma foi lembrado.  

Nosso povo é misturado
Tem gente do Sul e Norte
Que se fazia presente
Como um Sertanejo forte.

No final nós demos sorte
De ver Dilma novamente
Que mesmo atrás do palanque
Mandou dois beijos pra gente.

Ser criança novamente
Era tudo o que eu queria
Terminar aquela festa
Transbordando de alegria.

Um comentário:

  1. Parabéns Dedé Rodrigues,
    Sou de Patos de Minas, Minas Gerais.
    Lindo poema.

    Grande abraço,
    Rusimário Bernardes

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