segunda-feira, 4 de agosto de 2014

VEJA COMO O EXÉRCITO ASSASSINO DE ISRAEL MATA OS PALESTINOS


Um vídeo com imagens do momento do bombardeio contra a escolar foi divulgado por alguns portais de notícias e pode ser assistido a seguir. 


Israel prepara defesa enquanto crimes de guerra se acumulam


O chanceler de Israel Avigdor Lieberman sugeriu nesta segunda-feira (4) que o controle sobre o território sitiado há oito anos seja transferido para a Organização das Nações Unidas (ONU). “É uma opção”, disse ele, em meio a questões sobre os próximos passos após a eventual “declaração unilateral” de um fim para a operação, que já matou mais de 1.800 palestinos em Gaza. Porém, outro ataque a uma escola da ONU trouxe mais denúncias de crimes de guerra.

Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho


Reuters
Um senhor tenta recuperar o que sobrou nos escombros da sua casa destruída pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.Um senhor tenta recuperar o que sobrou nos escombros da sua casa destruída pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.
Relatos do estabelecimento de uma “força-tarefa” para elaborar respostas e fazer investigações próprias para responder às acusações de crimes de guerra pelo Exército e o governo israelense confirmam análises recentes sobre a manipulação do direito internacional para justificar o massacre dos palestinos. Em 26 dias de bombardeios por ar, terra e mar, as forças israelense já mataram mais de 1.830 pessoas, das quais cerca de 80% eram civis, segundo a própria ONU.

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Durante este fim de semana, um novo ataque contra uma escola da Agência das Nações Unidas para Assistência e Trabalhos (UNRWA) que abrigava cerca de três mil pessoas – já obrigadas a deixar suas casas, entre as mais de 10 mil completamente destruídas – e matou cerca de 10 civis, em Rafah, fez com que até mesmo os Estados Unidos, aliados declarados do governo israelense e apoiadores da sua “operação militar” contra Gaza, se dissessem “chocados”. O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse que o ataque foi “criminoso” e “um ultraje moral”.

Ainda na semana passada, outro ataque foi amplamente condenado e discutido inclusive pelo Conselho de Segurança, quando uma escola que abrigava 3.300 pessoas foi atingida e 16 civis foram mortas, inclusive crianças. A localização exata da escola havia sido informada 17 vezes às forças israelenses para a sua proteção. Ao todo, nove funcionários da equipe humanitária da UNRWA já foram mortos, de acordo com a própria agência, que também rechaçou as alegações do governo israelense sobre o armazenamento de armas da resistência palestina na escola, o que o Exército usa como pretexto para atacar estruturas civis e humanitárias.

Além disso, mais ataques ao campo de refugiados de Al-Shati, ao maior hospital da Faixa de Gaza, já abarrotado, Al-Shifaa, e à cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, somam mais denúncias de crimes de guerra contra o Exército e o governo de Israel, que já têm formulado respostas com respaldo da assessoria jurídica da Advocacia Geral Militar, de membros do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Defesa.

Ainda durante o fim de semana, diversas análises apontavam para a redução gradual e “unilateral” da ofensiva contra Gaza, com a retirada de tropas israelenses de dentro do território sitiado. O governo recusou-se a voltar a negociar um fim do massacre com a liderança palestina, que esteve reunida com diplomatas ocidentais e da China no Egito, no domingo (3).

Ban Ki-moon, que vinha usando uma linguagem ainda branda, tem assumido tons mais firmes desde a semana passada contra as ações do Exército israelense. Sobre o repetido bombardeio à escola da UNRWA, ele disse, através de um comunicado divulgado pelo site da ONU: “O ataque é outra grave violação do direito internacional humanitário, que exige claramente a proteção, por ambos os lados, dos civis palestinos, do pessoal da ONU e das suas estruturas, entre outros locais civis. Esta loucura precisa parar.”

Um vídeo com imagens do momento do bombardeio contra a escolar foi divulgado por alguns portais de notícias e pode ser assistido a seguir. 


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