quinta-feira, 14 de agosto de 2014

"O nosso povo não irá se render", garante ministro da Palestina

 



Nesta quarta-feira (13), em Caracas, capital da Venezuela, aconteceu na Praça Bolívar um ato de solidariedade com o povo palestino que nos últimos 37 dias vem sendo massacrado pelos ataques promovidos pelo governo de Israel na Faixa de Gaza, deixando um rastro de mais de duas mil mortes e 10 mil feridos, sendo a maioria mulheres, idosos e crianças.



AVN
Venezuelanos vão as ruas em demonstração de apoio à Palestina.Venezuelanos vão as ruas em demonstração de apoio à Palestina.

O ministro de Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestina, Riyad Al Malki, esteve na cidade e agradeceu o apoio dos venezuelanos. Ele destacou que o seu país não vai se render.

“Faço-vos uma promessa: o povo palestino não vai se render, o povo palestino vai aguentar, o povo palestino vai vencer”, disse durante a mobilização pública na capital da Venezuela. “A Palestina sente orgulho de receber o apoio da Venezuela, um ingrediente essencial para vencer na luta pela independência e pela liberdade. Nós necessitamos de todos vocês, em momentos tão difíceis como o de hoje, para estar ao lado do povo palestino, para continuar a aguentar o ataque, o genocídio israelense contra a Faixa de Gaza”.

O ministro disse ainda que, graças ao apoio da Venezuela e de outros países “amigos e irmãos, foi possível uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para estabelecer uma comissão que investigue as atrocidades cometidas por parte de Israel contra o povo palestino em Gaza”.

Apoio da Venezuela

O chanceler venezuelano Elias Jaua disse durante o ato que o país sul-americano irá manter uma política de diplomacia nas organizações multilaterais para fortalecer ainda mais as decisões no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Segundo ele, a Venezuela vai continuar exigindo que o Conselho de Segurança da ONU tome atitudes para pôr um fim a este massacre. 

"Chega de impunidade, porque a impunidade contra o Estado de Israel e suas autoridades, civis e militares, causou um massacre, uma chacina, sem que haja qualquer sanção sob a lei internacional", disse. 

A Venezuela é um dos países que exigem o fim do bloqueio imposto à Faixa de Gaza pelo governo israelense desde 2006. Além do discurso de apoio, Jaua salientou que a Venezuela vai continuar enviando ajuda humanitária à Palestina e reiterou a oferta do governo de receber palestinos que estejam em situação de risco, em especial as crianças que tenham ficado sem família por conta dos bombardeios.

A reconstrução de Gaza

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (13) que pretende elaborar, com a ajuda da comunidade árabe, um plano abrangente de reconstrução da Faixa de Gaza após o fim das hostilidades por parte de Israel.
A investida militar provocou, além das mortes, a destruição de escolas, hospitais e de áreas residenciais. Maduro ressaltou a responsabilidade dos países e convocou-os a levantar a voz para exigir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde há mais de 35 dias Israel tem utilizado a sua força militar, incluindo bombardeios. 

"Nosso chamado, em primeiro lugar, é para o povo judeu do mundo, para que sejam os primeiros a rejeitarem essa política de extermínio. A segunda chamada é para os governos dos povos árabes, para se posicionarem e ajudarem. Palestina merece mais do que aquilo que tem sido feito por ela", disse o mandatário.

Ele mandou ainda uma mensagem para os palestinos que estão sofrendo com os ataques das últimas semanas: "Sintam sempre que esta é a sua casa, que Caracas é o seu lar. A Venezuela está de braços abertos, com amor, solidariedade, e podem contar sempre com o coração bom, amoroso e carinhoso da terra de Bolívar e Chávez", disse ele.


Da Redação do Vermelho,
com informações da Agência Brasil e da Agencia Venezolana de Noticias


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