segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"É preciso conter o extermínio da juventude em São Paulo”, diz Petta

 

 

 

Dando sequência à série de entrevistas para o quadro “Eleições PCdoB 2014”, o Portal Vermelho conversa nesta segunda-feira (11), com o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE ) e atual deputado federal, Gustavo Petta. O jovem comunista concorre à vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo e aponta quais são os desafios a serem enfrentados no estado.

Laís Gouveia, da redação do Vermelho


Arquivo
Gustavo Petta visita a redação do <b>Portal Vermelho</b>Gustavo Petta visita a redação do Portal Vermelho
Apesar da pouca idade, Gustavo Petta possui uma extensa trajetória política. Quando adolescente, foi eleito presidente da União Campineira dos Estudantes Secundaristas (Uces) e no movimento universitário, coordenou o DCE da PUC Campinas. Por duas vezes, o dirigente presidiu a UNE, gestão que ficou marcada por grandes lutas pela democratização do acesso ao ensino superior. O Comunista foi eleito vereador em Campinas nas eleições de 2012 e neste ano ocupa a suplência de José Genuíno (PT) na Câmara dos Deputados.
Menos injustiças sociais


O dirigente aponta que um novo ciclo politico e econômico teve início no país com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência em 2003, “Os últimos 12 anos de gestão progressista, contribuiu para amenizar a situação de extrema injustiça social que o povo vivia, houve avanços em vários aspectos, principalmente na área social, que permitiu uma maior distribuição de renda, muitas pessoas sairão da linha da extrema pobreza, o Brasil cresceu e gerou mais empregos”.

Mais desafios a serem enfrentados

Gustavo Petta avalia que reeleger Dilma Rousseff é um passo fundamental para a implementação do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. “Desta forma, permitiremos que o Brasil cresça com mais oportunidades, maiores investimentos na área da saúde e educação. Por isso, o PCdoB está mergulhado na campanha da coligação “Com a força do povo” que une todo o corpo do campo progressista”.

O modelo tucano de governar já está saturado

Segundo o deputado, o governo de São Paulo não aproveitou o novo ciclo politico iniciado em 2002. “A gestão tucana não acompanhou as mudanças ocorridas no Brasil e muitas vezes, atrapalhou este processo de transformação. Vários dos programas federais que ajudaram muitos estados a resolverem seus problemas, a evoluírem nas áreas da educação, saúde e infraestrutura que não foram realizados no estado, exatamente por conta dessa oposição de direita ao governo federal”. 

Segundo Gustavo Petta, “São Paulo é o estado que mais arrecada no país, que possui mais riquezas e que vive uma crise de segurança pública, com um crescimento efetivo do crime organizado. A educação está completamente sucateada, com índices vergonhosos em várias disciplinas e professores desvalorizados e desmotivados”. 

Sobre a falta d’água, Petta ressalta: “Vivemos uma crise hídrica jamais vista na história que pode gerar vários problemas para o povo, algumas empresas já estão ameaçando fechar suas portas. Enquanto isso, Alckmin continua a negar que há racionamento, no entanto, milhares de paulistas vivem com o drama do desabastecimento”. 

Ainda sobre o modo tucano de governar, o deputado comunista diz que há uma crise também no que diz respeito à transparência, por conta das diversas denúncias da expansão dos trens e do metrô. As pessoas sempre se perguntam por que a expansão nunca ocorreu como foi anunciada. Essa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no Congresso Nacional pode revelar a causa. A cidade do México e a capital paulista começaram a construir suas linhas ao mesmo tempo. Hoje a capital mexicana possui mais de 200 quilômetros de linhas, enquanto, por aqui, temos menos de 70 quilômetros. Isso explica como o cidadão sofre com problemas de mobilidade urbana. Não há transporte público de massa de qualidade, é uma situação caótica”, afirma.

Padilha para renovar


A liderança diz que São Paulo precisa urgentemente de um novo projeto, que faça o estado voltar a crescer, valorizar sua indústria e ter uma política de distribuição de renda mais afirmativa, que diminua a desigualdade social. “É fundamental que se invista na educação pública em todos os seus aspectos. Em busca deste novo projeto estamos determinados em eleger Alexandre Padilha, ex- ministro da saúde, que desemprenhou um papel estratégico fortalecendo o SUS, criou o programa Mais Médicos e reúne todas as condições para ser eleito governador do Estado de São Paulo, em dobrada com o candidato à vice- governador o comunista Nivaldo Santana, que possui uma respeitada trajetória política e de lutas”.

Mais direitos

Gustavo Petta diz que, “a juventude é a principal vítima dos problemas sociais que possuímos no estado, há mais desemprego, problemas de dependência química, falta de perspectiva nesta faixa
etária. É preciso políticas públicas específicas para esta camada da população. Em São Paulo, o tratamento dado ao jovem é a marginalização, com a ampliação da Fundação Casa, o aumento da violência policial nas periferias, o crime organizado oferecendo uma falsa oportunidade de sucesso e dinheiro, quando o destino é a morte e a prisão”. 

Ele afirma que é preciso criar no estado programas de educação, como exemplo a ampliação de bolsas do ProUni e do Pronatec, Centros Educacionais Unificados (Céus) voltados para esta faixa etária e cursos profissionalizantes. “Precisamos olhar o jovem em todas as suas faces, no que diz respeito o acesso a educação, ao lazer e cultura, esporte, tudo isso integrado a uma politica moderna e atraente”, conclui.


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