O MUNDO ÁRABE ESTÁ FERVENDO CONTRA OS ESTADOS UNIDOS.

As capitais do Egito, do Iêmen e do Irã amanheceram nesta quinta-feira (13) em clima de tensão. Manifestantes protestam em frente às embaixadas dos Estados Unidos e aliados dos norte-americanos. No Cairo, capital egípcia, os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que pedem a expulsão do embaixador estadunidense. Diversos outros países continuam protestando contra a arrogância dos estados unidos.

Embaixadas dos EUA e aliados são alvo de novos protestos

Protesto no Cairo, próximo à embaixada dos EUA./ Foto: A Bola

Em Teerã, capital iraniana, cerca de 500 pessoas ocuparam uma área perto da Embaixada da Suíça, enquanto, no Iêmen, a representação diplomática norte-americana foi ocupada por manifestantes. Em todos os locais, as reações são motivadas pela divulgação de um filme, produzido por norte-americanos, considerado ofensivo ao profeta Maomé e ao islamismo.

Os protestos ocorrem um dia depois de os Estados Unidos reforçarem a segurança em todas as embaixadas e consulados no exterior, após a morte do embaixador norte-americano na Líbia, John Christopher Stevens, e de mais três funcionários durante um ataque de manifestantes. As autoridades norte-americanas condenaram o ataque e também os protestos.

No Egito, 13 pessoas ficaram feridas apenas no protesto de hoje que começou de madrugada. A área onde fica a Embaixada dos Estados Unidos foi cercada por carros policiais. Ontem (12), o governo egípcio apelou para a população se conter.

As reivindicações dos egípcios ficaram claras com o passar das horas: a expulsão do embaixador norte-americano e um pedido formal de desculpas dos EUA pelo filme que, segundo versões, foi custeada por judeus estadunidenses e realizada por um americano-israelense, um cristão ultraconservador e o pastor evangélico Terry Jones, um cristão fundamentalista.

No Cairo, é paupável a expectatíva pelo transcorrer dos acontecimentos e, em especial, sobre qual será o resultado da marcha convocada para a sexta (14), cujo caráter pacífico está claro an convocatória.
No Irã, os manifestantes foram convocados por uma associação de estudantes. Com exemplares do Corão e cartazes com a fotografia do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, os manifestantes gritavam: “Morte à América e a Israel”.

No Iêmen, os manifestantes ocuparam a embaixada norte-americana, mas a polícia conseguiu retirar os funcionários do local. Antes de entrar na embaixada, os manifestantes protestaram retirando a placa que identificava as instalações diplomáticas e queimaram pneus. Na tentativa de dispersar os protestos, fuzileiros norte-americanos atiraram para o ar e a polícia iemenita lançou bombas de gás lacrimogêneo e usou canhões de água.

Brasil

Os prédios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e dos consulados norte-americanos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Recife reforçaram os esquemas de segurança, seguindo as orientações do presidente Barack Obama. A medida foi definida ontem (12) após a confirmação da morte do embaixador norte-americano na Líbia.

De acordo com assessores da embaixada norte-americana em Brasília, não há registros de ameaças às representações diplomáticas dos Estados Unidos no Brasil. Porém, por cautela, o esquema de segurança foi reforçado. Segundo assessores, as atividades da embaixada e dos consulados não sofreram alterações e estão mantidos a emissão de vistos, o agendamento de entrevistas e demais consultas.

Com Agência Brasil e Prensa Latina